Itacaré mantém tradição do desfile do 02 de Julho nos tempos da pandemia

Uma tradição de 62 anos e que permanece viva em Itacaré, mesmo nos tempos de pandemia. Assim é o desfile do 02 de Julho, Dia da Independência da Bahia, uma data que já faz parte da memória e da cultura da cidade. E para manter a tradição, a Prefeitura de Itacaré realizou na tarde desta sexta-feira, pelo segundo ano consecutivo, um desfile simbólico pelas ruas da cidade com a tradicional cabocla Catita, personagem principal da luta pela independência da Bahia. Tudo ao som do Hino da Bahia e do Hino Nacional Brasileiro.
 
Motivo de orgulho e símbolo de luta para todos os itacareenses, a Catita foi arrumada com os trajes típicos e passou pelas mais diversas ruas e bairros de Itacaré. E esse ano o desfile teve um toque a mais de emoção, com o carro da Catita visitando personalidades antigas que fizeram parte do tradicional 02 de Julho de Itacaré, a exemplo de Nery Quadros, uma das idealizadoras da tradição, e Professora Judith, que fez questão de declamar uma poesia saudando a Independência da Bahia. Em cada encontro uma emoção e a alegria de manter vida a tradição, mesmo com a pandemia da Covid-19.
 
O prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, explicou que o Desfile Cívico do Dois de Julho já é uma tradição que completou 62 anos de história, revivendo as lutas pela Independência da Bahia. E nos últimos anos a Prefeitura vem fazendo um verdadeiro resgate dessa história de lutas. Mas esse ano, com a pandemia, não seria possível fazer o tradicional desfile com todos os personagens que marcaram essa história de luta.
 
Mas a data, tão importante para a Bahia e para Itacaré, não poderia passar em branco. Por isso é que a Prefeitura de Itacaré, através da secretaria de Educação, Governo e Turismo e Cultura, decidiu realizar o desfile simbólico com a Catita. “Estamos em um momento que é preciso cuidar da nossa gente, sem esquecer a nossa história e tradição. Por esse motivo é que resolvemos relembrar esse momento de lutas, com a certeza de que vamos vencer mais essa batalha e no ano que vem, com fé em Deus, quando tudo isso passar, vamos fazer uma grande homenagem ao nosso tradicional 02 de Julho”, destacou Antônio de Anízio.
 
HISTÓRIA – Contam os historiadores que a declaração de independência feita por Dom Pedro I, em 7 de setembro de 1822, deu início a uma série de conflitos entre governos e tropas locais ainda fiéis ao governo português e as forças que apoiavam nosso novo imperador. Na Bahia, o fim do domínio lusitano já se fez presente no ano de 1798, ano em que aconteceram as lutas da Conjuração Baiana.
 
No ano de 1821, as notícias da Revolução do Porto reavivaram as esperanças autonomistas em Salvador. As relações entre portugueses e brasileiros começaram a se acirrar, promovendo uma verdadeira cisão entre esses dois grupos presentes em Salvador. No dia 11 de fevereiro de 1822, uma nova junta de governo administrada pelo Brigadeiro Inácio Luís Madeira de Melo deu vazão às disputas, já que o novo governador da cidade se declarava fiel a Portugal.

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