Considerado como um dos destinos turísticos mais procurados da Bahia, o município de Itacaré está comemorando nesta quarta-feira, dia 26 de janeiro, 290 anos de emancipação política. E para comemorar a data, os festejos começam logo cedo, às 5 horas da manhã com a alvorada e queima de fogos, seguindo às 09 horas com a Missa Festiva na Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo, com muitas homenagens e agradecimentos. E às 17 horas será a vez da live Tributo a Itacaré, com os músicos Marcos Abaga (Meu Nobre), Marlon Moreira e Rafael Zalela.
A alvorada foi iniciada logo cedo. Conforme manda a tradição, a partir das 4h30min a comunidade se reuniu em frente à Igreja de São Miguel Arcanjo, onde houve queima de fogos e a banda de percussão passando pelas ruas da cidade anunciando os festejos. O encerramento da alvorada foi na rua 26 de Janeiro, no bairro do Marimbondo, onde foi servido o tradicional mingau.
E esse ano, por conta do aumento de casos de Covid-19 no Brasil, as comemorações do Dia da Cidade seguirão todos os protocolos sanitários, evitando aglomerações, mas garantindo as homenagens a Itacaré, destacando a história, a tradição, a cultura e as belezas naturais do município. O prefeito Antônio de Anízio ressaltou que mesmo com a pandemia, é preciso manter a programação em homenagem ao Dia da Cidade, garantindo a tradição e comemorando esta importante data para Itacaré.
HISTÓRIA – A cidade de Itacaré originou-se de uma aldeia habitada por índios Tupiniquins até a chegada dos europeus em 1530, quando iniciou sua colonização. Por volta do ano de 1718, o Jesuíta Luís da Grã construiu a Igreja de São Miguel às margens do Rio de Contas, quando então o povoado passou a se chamar São Miguel da Barra do Rio de Contas. Foi elevada à categoria de Município em 26 de janeiro de 1732, por ordem da Condessa do Resende – Dona Maria Athaíde e Castro, donatária da capitania de Ilhéus, sendo nomeada Itacaré somente em 1931. O primeiro prefeito municipal (intendente), foi Joaquim Vieira dos Santos (01/01/1890 a 31/12/1893) e o atual Antônio de Anízio, que está em seu segundo mandato.
Seu desenvolvimento, marcado entre 1890 e 1940, baseou-se no cultivo do cacau, período que ficou conhecido como a “Época do Ouro Negro”, no qual Itacaré se destacou como o principal porto de escoamento da produção cacaueira da Bahia e teve seus casarões coloniais construídos pelos ricos “coronéis”. O declínio dessa época teve início com o assoreamento da barra do Rio de Contas, quando seu porto foi transferido para a cidade de Ilhéus. Foi agravado pela forte crise econômica consequente da “Quebra de 1929” e consolidou-se, anos mais tarde, quando uma praga conhecida como “Vassoura de Bruxa” dizimou as lavouras de Cacau da região.
Com o declínio da economia cacaueira, Itacaré ficou esquecida guardando seu “tesouro”: belas praias e Mata Atlântica preservada, graças ao cultivo do cacau. Anos mais tarde, foi redescoberta por surfistas aventureiros em busca das boas ondas. Em 1998, a conclusão da Estrada-Parque BA-001 Ilhéus-Itacaré facilitou muito o acesso e possibilitou que Itacaré se tornasse um destino turístico muito procurado. Hoje, Itacaré encanta pessoas de todas as partes do Brasil e do mundo e é considerado um dos destinos turísticos mais belos e visitados do País.